Fala galera da Finansfera!!!
Hoje resolvi falar um pouco do trabalho de educar jovens. Não, não sou exatamente um professor de ensino médio mas eu ensino muitos jovens. Na verdade, um dos maiores exemplo que trago hoje vem de dentro de casa. Trata-se da dificuldade que tive pra educar financeiramente minha filha mas que hoje, ao que tudo indica, ela aprendeu o caminho e já segue sozinha.
Se você acompanha o blog, já deve ter viso a série: Investindo com pouco dinheiro onde mostro a carteira de investimentos da minha filha, que começou com apenas 40 reais e foi aportando todos os meses desde 2019. Se ainda não conhece, clique aqui para conhecer e ver toda a evolução dela nesses pouco mais de 2 anos. Hoje ela já tem mais de dois mil reais na carteira e crescendo.
Mas o que quero tratar é da dificuldade de ensinar os jovens. Geralmente a gente quer que, principalmente as crianças e os jovens, aprendam as coisas em um estalar de dedos. Quem nunca desejou que o tempo passasse logo para pular uma fase em que os jovens ainda estão em aprendizado? É muito comum a gente falar sem perceber a seguinte frase: Ah, tomara que passe isso logo!
Pois bem, aqui está nosso primeiro erro! Querer que os jovens aprendam aquilo que queremos que eles saibam, de uma forma muito rápida sem respeitar a capacidade de aprendizado e de interesse sobre o assunto. Quem é professor de ensino médio sabe muito bem como isso acontece. Em uma turma muito heterogênea, eles conseguem identificar aqueles alunos que aprendem rápido e aqueles que possuem muitas dificuldades. Claro que essas dificuldades podem vir de diversos fatores mas aqui estamos comentando apenas sobre o tempo de cada um para aprender algo.
Educação financeira para jovens
Como comentei, há 6 anos eu converso com minha filha sobre educação financeira. Explico a ela como gastar o dinheiro dela e como economizar. Obviamente, quando ela tinha seus 14/15 anos, a linguagem era outra. Entretanto, conforme o tempo vai passando, ela precisa entender outras coisas além de somente gastar menos do que ganha.
Em 2019, por força minha, digamos que quase obrigatório, ela começou. os investimentos. Apenas R$ 40,00 por mês. Com o tempo, ela foi vendo a importância de economizar e aportar mais. Nesses, pouco mais de 2 anos, tivemos aportes grandes, em relação ao que ela iniciou, e outros mais em linha com o combinado. O importante é que todos os meses ela aportou alguma coisa.
Conforme os jovens vão conversando uns com os outros, eles acabam debatendo o que estão fazendo e assim, mais pessoas vão se interessando pelo assunto. Acaba acontecendo aquela disputa saudável eles entre eles, por isso é muito importante verificar o meio que você vive.
Resumindo a educação financeira com minha filha, ela já aprendeu, pratica e já está fazendo cursos gratuitos de investimentos. Agora ela está praticando o planejamento financeiro e já conhece a trilogia mais vencedora que pode existir nas finanças: educação financeira, planejamento financeiro e investimentos.
O que me deixa mais contente é ver que, além de ela perguntar coisas sobre os cursos que está fazendo, ou seja, tirar dúvidas, ela ainda comenta comigo quando vê alguém completamente descontrolado com dinheiro ou então muito bem controlado. Já consegue fazer um diagnóstico dos erros e dos acertos sobre o uso do dinheiro.
Educação financeira para militares
Como vocês sabem, sou militar. Na caserna muitos não sabem lidar com dinheiro. De tanto trabalhar com jovens soldados e de ver que eles não tinham a mínima noção de como utilizar seu dinheiro e sempre se enfiavam em dívidas, resolvi, então, iniciar um projeto de educação financeira para eles. E acabei me surpreendendo! Não apenas os soldados não sabiam lidar com dinheiro como os demais militares também.
Hoje eu ministro instruções de educação financeira e planejamento financeiro para os recrutas e também para aqueles que querem aprender e não estão no período de formação. Era muito comum ver um jovem soldado comprando moto, celular e gastando muito mais do que ganhava. Chegava a hora de dar a baixa e ele saia cheio de dívidas.
Hoje vejo que muitos aprenderam e chegaram até o estágio dos investimentos. O trabalho de ensinar jovens é árduo mas não podemos desistir. Se queremos um futuro melhor para o Brasil devemos, obrigatoriamente, insistir em uma boa educação. Quando ensino os jovens soldados a lidarem com seu salário, a terem educação financeira e realizarem seu planejamento financeiro, acredito que será menos um problema para o país. Se aprenderem desde cedo e praticarem tudo o que aprenderem, as chances de dar errado são muito pequenas.
Além dos ensinamentos de educação financeira, ainda tem toda a parte de não desistir das coisas, buscar sempre uma solução para os problemas, não se fazer de vítima, estudar cada vez mais e uma série de coisas que levam ao sucesso.
Se você acha que ensinar jovens, pois eles são o futuro do Brasil, é a solução, então comente aqui embaixo e compartilhe este post.
Forte abraço a todos!
BPM
Olá, BPM.
ResponderExcluirQue bom que sua filha aprendeu e está colocando em prática.
Eu não sabia que você era militar. Acessei o site e está muito bom. Parabéns!
Abraços!
Obrigado Cowboy.
ExcluirVocê usa estratégia de alocação de ativos? Qual o % pra cada classe? Depois que eu comprei um imóvel pra alugar, tô querendo alocar aportes mensais 80% em poupança, 10% tesouro direto, 5% ações, 5% fii.
ResponderExcluirTodo mês compro o que tiver mais abaixo do objetivo. Se estiver tudo meio equilibrado, a gente tem que comprar meio que tudo né?
5 ações, 5 fiis, 6 títulos, selic, ipcas e prefixados. Cada ativo não vai poder passar de 2% do patrimônio.
Poupança caso a parte. Quanto mais dinheiro a gente tem, mais teria que diversificar pra não passar de 2% cada ação, fundo, título.
Olá anonimo,
ExcluirEu não faço esse tipo de alocação porque acho muito engessado. O mercado muda com o tempo e vou me adequado a ele. Imagina só você com 80% em poupança enquanto as ações subiram até 100% ? Dólar subiu 60% e muitos ativos no exterior subiram mãos de 100%.
Eu vou estudando e comprando aquilo que vou achando mais vantajoso no momento.
Ações, fundos imobiliários, são só pra diversificação. Primeiro eu penso em quanto posso perder e não em quanto ganhar. Se a bolsa cair 80% por 5 anos vou ficar tranquilo com o % que tenho nela? É nisso que penso.
ExcluirCada ação ou fundo imobiliário não pode passar de 2% do patrimônio total. Se passar por motivo de valorização, tudo bem, só aportar em outro ativo que esteja pra trás.
Não quero acompanhar, quero paz. Paz, só com diversificação.
Se eu tivesse 1 milhão de reais em renda variável, teria que ter pelo menos 50 ativos pra cada um representar até 2% do patrimônio.
Até podia colocar então 80% no tesouro direto, mas seria tesouro selic. Não posso aportar uma grana alta em títulos com mais marcação a mercado tipo ipca e prefixado.Então, que fique na poupança.
Tem que pensar, como vou ter 80% em IPCA e Prefixado pra tomar forte marcação a mercado? Deixo na poupança.
Os aportes mensais sim, aporta no que estiver pra trás do objetivo.
Ponto.
Bacana, você tem uma estratégia bem definida. O difícil é achar 50 ações no Brasil pra investir né.
ExcluirNo final não existe o melhor investimento, existe aquele que te faz dormir tranquilo.